Resenha de O Grande Gatsby, de Ted Adams e George Coelho

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Resenha de O Grande Gatsby, de Ted Adams e George Coelho


Planeta Quadrinhos de F. O clássico de Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby nos traz uma adaptação de história em quadrinhos

O Grande Gatsby é outro exemplo de romance atemporal. desligado. O trabalho de Scott Fitzgerald foi publicado pela primeira vez em 1925, recebendo boas críticas, mas vendas sombrias. Parecia mais um romance esquecível, mas teve o renascimento que o tornou um clássico durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje é considerado um clássico da literatura mundial e um dos maiores romances americanos. É irônico que o autor tenha morrido admitindo que seu romance foi um fracasso, considerado um dos melhores romances escritos hoje.

O romance de Fitzgerald se passa na década de 1920. Em vez de elogiar a grande prosperidade econômica da época, o autor critica a opressão da sociedade e o falso sonho americano, o amor, a traição e a luta de classes. Embora muitos novos ricos estivessem surgindo naquela época (o fosso entre as classes sociais tornou-se fatal), a maior parte da alta sociedade continuou a desprezá-los. Uma sociedade onde as pessoas fazem tudo o que for preciso para subir na escala social, mesmo que cometam ações moralmente questionáveis.

O roteirista Ted Adams e o artista Jorge Coelho unem forças para criar a primeira adaptação em graphic novel deste clássico. Esta história em quadrinhos chega à Espanha pela Planeta Comic.

A grande história de Gatsby

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No ano Em meados do verão de 1922, o personagem principal e narrador da obra, Nick Carraway, mudou-se para uma modesta casa em Long Island, Nova York. A mansão está localizada entre duas enormes mansões, sendo uma delas propriedade de sua prima Daisy e de seu marido Tom Bucharan, um homem rico, mesquinho e arrogante que, antes que Nick perceba, já o apresenta a sua amante. Outra mansão é a de Jay Gatsby, um misterioso novo rico que atrai todo tipo de riqueza.

Nick não confia nas histórias que conta sobre seu passado, mas não demora muito para conhecer o enigmático Gatsby, que se torna seu amigo. O milionário conta ao protagonista que conheceu sua prima Daisy há muitos anos, mas foi separado dela por causa da guerra. Quando voltou, descobriu que a mulher havia se casado com Tom. Gatsby pede a Nick que o ajude a se reunir com Daisy e reacender o romance deles, para que os dois amantes possam voltar a ficar juntos e a mulher se separar do marido. Também faz parte da equação Jordan Baker, um jogador de golfe de sucesso que se torna o interesse amoroso de Nick.

Após o reencontro de Gatsby e Daisy, tudo parece estar indo bem, mas não demora muito para que aquela aparente felicidade evapore e as coisas comecem a ficar complicadas.

Crítica de O Grande Gatsby

Devo avisar com antecedência que não li a obra original, então é difícil saber exatamente o quão fiel é a adaptação dos artistas. Mas com um pouco de pesquisa, Ted Adams adaptou fielmente a obra original para uma história em quadrinhos. Quase se poderia dizer que ele copiou os mesmos pontos e vírgulas do livro. A novela não é muito longa, 218 páginas, mas é bem provável que Adams tenha tido que cortar alguns aspectos da trama, para que pelo menos ele se sinta com alguns personagens. Mesmo assim, o roteiro transmite perfeitamente o que Fitzgerald queria mostrar em seu romance, o quão podres e hipócritas são as pessoas.

É difícil dizer quando é o trabalho de Adams ou Fitzgerald no roteiro. Quem leu a obra original pode não encontrar nada de interessante ali. O que mais impressiona nessa história em quadrinhos é a arte de Jorge Coelho, que é a melhor parte de sua carreira. A imagem é linda, marcada por linhas finas e traços bem retos. Tudo isso faz com que pareça uma bela obra que combina com a época e com o que quer representar. As vinhetas podem conter detalhes impressionantes a qualquer momento.

Já mencionamos beleza e glamour, mas Coelho consegue exagerar, com detalhes de fumaça (de tabaco ou outras coisas) e também com a vulgaridade que Fitzgerald quer transmitir numa representação de embriaguez. É incrível como pequenos detalhes como esse podem mudar o que uma cena transmite.

Coelho, junto com Inês Amaro, lideram a cor e é difícil dizer se é a cor que melhora a pintura ou vice-versa, porque é incrível. No ano Muitos tons pastéis que transportam para um verão dos anos 1920, desde as luxuosas mansões onde tudo parece vivo, até ao vale escuro e cinzento onde vivem os pobres. Embora Amaro esteja listado como assistente de cores nesta história em quadrinhos, acho que ela merece mais crédito do que recebe porque seu trabalho é impecável.

O Grande GatsbyO Grande Gatsby

Versão da Planeta Comic de O Grande Gatsby.

Planeta Comic nos traz uma edição cômica incrível. Eles celebraram a bela capa original em capa dura. Vale destacar o papel utilizado para a impressão, que tem muito mais furos do que a impressora costuma usar para outros trabalhos, o que é incrivelmente adequado para o trabalho, principalmente pelo tipo de cor engraçado. Com um total de 184 páginas, a banda desenhada é vendida por 22,00€.

O Grande Gatsby, de Ted Adams e George Coelho da F. O trabalho de Scott Fitzgerald é uma adaptação fantástica. Além de encurtar algumas tramas, o roteiro é o mesmo do romance, então quem ler o livro não encontrará nada de novo. Mesmo assim, recomendo aos leitores do livro que leiam os quadrinhos porque a incrível qualidade artística, o desenho e as cores incríveis da história em quadrinhos tornam impossível a leitura. E para quem nunca leu a obra original, aqui você tem a oportunidade perfeita de aproveitá-la em versão cômica.

O Grande Gatsby

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Autores: Ted Adams | Jorge Coelho | Scott Fitzgerald

Editora: Planeta Comic

Formato: Capa dura sem sobrecapa

Dimensões: 18,3 x 25,5 cm

Páginas: 184

ISBN: 978-84-1140-740-3

Preço: 22,00€

Conclusão: F. Adaptação de Scott Fitzgerald da clássica história em quadrinhos.

Nova York, nos anos vinte. Jay Gatsby dá festas luxuosas em sua magnífica casa em Long Island, onde os convidados se aglomeram. Mas o anfitrião só quer surpreender uma pessoa: Daisy Buchanan. Daisy é linda, rica, charmosa… e esposa de uma herdeira milionária.

Um clássico da literatura americana do século XX, F. Um dos maiores romances de Scott Fitzgerald foi adaptado para uma versão gráfica pela primeira vez por um autor americano.