
Das montanhas ao origami: como o final alternativo de Blade Runner mudou seu legado e deixou uma das maiores reflexões da ficção científica
Eles marcam cada passo da intriga e revelação de “Blade Runner”, uma obra-prima cinematográfica que cativa a imaginação do público há décadas. Mas você sabia que o final original esconde um segredo cinematográfico incrível? Este artigo foi publicado em Mostra a cortina por trás da cena final da versão teatral de “Blade Runner” de 1982.
Uma diferença de finais: um conto de duas versões
Dirigido por Ridley Scott, “Blade Runner” começou como uma peça cinematográfica de ficção científica, mas seu caminho gerou polêmica. O final original, instalado pelo estúdio, optou por uma conclusão mais convencional e “feliz”, longe do tom sombrio e reflexivo do filme. Pelo contrário, o final do unicórnio, na versão do diretor e na versão final, mantém a ambiguidade e se adapta melhor à atmosfera do filme.
Em entrevista ao Deadline, Ridley Scott explicou a reviravolta do destino que levou à inclusão de “The Shining”, de Stanley Kubrick, em “Blade Runner”. Após a reação negativa ao primeiro final, os produtores pediram mudança para otimista. Scott recorreu a Kubrick, que lhe forneceu material de seus filmes de terror para construir esse novo final. Assim, o final teatral mostra Rick Deckard (Harrison Ford) e Rachael (Sean Young) fugindo para um destino desconhecido nas montanhas. Reproduzível
O fim do unicórnio: uma conclusão mais apropriada
Ao apresentar o origami de unicórnio, Scott sugere sutilmente que Deckard pode ser seu sucessor, sem realmente confirmá-lo. Este final deixa em aberto a questão do futuro de Deckard e Rachael, permitindo ao espectador interpretar livremente seu destino.

A questão do futuro de Deckard e Rachael é apresentada 35 anos depois na série “Blade Runner 2049”. Aqui é explorada a natureza de sua existência e do mundo em que vivem, ampliando o universo de “Blade Runner” e questões filosóficas.
O final original de “Blade Runner” foi impressionante como um pedaço da história do cinema, mas não se encaixou no tom e nos temas do filme. Por outro lado, o final de Unicórnio reforça a mensagem central da história e continua a gerar debate e análises entre fãs e críticos.
Além do mundo de Blade Runner
“Blade Runner” tornou-se uma fonte de inspiração mais do que um filme, no universo cinematográfico mais amplo da ficção científica. O impacto vai além da beleza narrativa e visual; Lançou as bases para muitos trabalhos subsequentes. A influência pode ser percebida em filmes como “Matrix”, onde o universo distópico e a estética cyberpunk lembram as ruas escuras e chuvosas de Los Angeles retratadas em “Blade Runner”, de 2019.

Outro filme particularmente influenciado por “Blade Runner” é “Ghost in the Shell”, tanto em sua versão animada quanto na adaptação live-action. Aqui, você verá uma exploração da identidade e da consciência em um mundo onde as linhas entre o homem e a máquina são confusas, um tema central em “Blade Runner”.
Em “Ex Machina”, a influência de “Blade Runner” no tratamento dos andróides e na ética de sua existência, questionando a natureza da humanidade e da inteligência artificial, pode-se perceber como “Blade Runner” levanta questões sobre a vida e a morte. E o que significa ser humano.
Mesmo na televisão, programas como “Westworld” devem muito a “Blade Runner” no que diz respeito à consciência artificial e às implicações morais da sua existência. Estes exemplos mostram como “Blade Runner” não só mudou o panorama do cinema de ficção científica, mas continua a influenciar as narrativas contemporâneas, desafiando tanto os criadores como o público a explorar as fronteiras da tecnologia, da identidade e da moralidade.