Duna: Parte 2: Denis Villeneuve explica o papel do preto e branco no planeta Harkon

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Denis Villeneuve revela o segredo por trás do único Planet Dune em preto e branco

No universo cinematográfico de ‘Duna: Parte 2’ dirigido por Denis Villeneuve, o planeta Harkonnen de Giddy Prime se destaca como um elemento visual único, mostrado inteiramente em preto e branco. Esta decisão estilística não apenas diferencia Giedi Prime de outros mundos do filme, mas também serve como uma janela para a psique e a cultura de seus habitantes. Segundo Villeneuve, esta escolha de design tem raízes na obra original de Frank Herbert, que mostra como o meio ambiente afeta profundamente as culturas e os habitantes.

Giedi Prime: Um espelho Harkonnen

Denis Villeneuve e o diretor de fotografia Greg Fraser tomaram a ousada decisão de filmar Giddy Prime sob a luz negra do sol, usando preto e branco e técnicas de filmagem inovadoras para alcançar uma sensação diferente da cinematografia tradicional. Esta abordagem não só destaca a relação dos Harkonnens com a natureza, mas também retrata o seu mundo como um vazio sem vida, retratando a sua brutalidade e o seu antigo sistema político.

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Villeneuve foi inspirado pelo conceito do livro de que “somos os produtos do nosso ambiente”, usando o ambiente único de Giddy Prime para demonstrar a profunda compreensão da realidade por Harkonns.

Sequência inesquecível: introdução a Fayed-Routa

A introdução de Feyd-Rauta Harkonnen, interpretado por Austin Butler, não se dá apenas por sua beleza em preto e branco, mas também por sua sensibilidade única. Filmada com uma câmera ARRI Alexa LF IMAX com infravermelho aprimorado, esta sequência oferece uma aparência atraente e distinta que dá o tom para a introdução dos Harkonnens como os vilões indiscutíveis da história. A escolha de filmar desta forma é o compromisso de Villeneuve em retratar um mundo que retrata visualmente a alienação e marginalização de seus habitantes em comparação com o universo Duna.

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A apresentação em preto e branco de Giddy Prime não é apenas uma decisão estética, mas serve uma função narrativa, proporcionando uma compreensão mais profunda da vilania de Harkonnens. Através dessa lente, o público pode compreender melhor a falta de moral em personagens como Feid-Rauta, o que acentua sua crueldade irredimível. Este retrato, embora simplista, é equilibrado pela complexidade e dinâmica dos outros personagens de “Duna: Parte 2”, evitando que a história caia na tradicional dicotomia do bem contra o mal.

Reflexões sobre os Harkonnens e seu mundo

A escolha de Denis Villeneuve em retratar Giedi Prime em preto e branco mostra ‘Duna: Parte 2’ não apenas na ousadia visual, mas também na forma como erra na narrativa e no desenvolvimento do personagem. Esta abordagem proporciona uma perspectiva única sobre os Harkonnens, fortalece o seu papel como antagonistas e acrescenta complexidade ao rico universo de Duna. O legado dessas decisões criativas continuará a repercutir à medida que a saga avança, marcando ‘Duna: Parte 2’ como um marco na adaptação cinematográfica da obra de Herbert.

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Além de Giddy Prime, ‘Dune: Parte 2’ nos leva ao coração da saga de Arakis, também conhecida como Duna. Este planeta deserto, conhecido como a fonte de seu único recurso valioso conhecido como especiarias, contrasta fortemente com a esterilidade visual de Giddy Prime. A representação de Arrakis enfatiza a conexão entre o meio ambiente e a cultura dos Fremen, adaptando suas culturas, tecnologias e estilos de vida para sobreviver em um ambiente tão inóspito.

Este foco na adaptação e resiliência não só destaca a diversidade de ecossistemas e culturas dentro do universo Dune, mas também aprofunda como a área temática central do trabalho de Herbert molda os seus habitantes. O conflito entre Arakis e Giddy Prime destaca o contraste entre uma relação orgânica com a natureza, a desconexão e a artificialidade, enriquecendo o universo narrativo e visual de “Duna: Parte 2”.